24.6.09

Sexo por cachorro-quente

A Folha de S.Paulo publicou nesta semana uma reportagem (aqui para assinantes e aqui um pedaço da matéria na Folha Online) mostrando que meninas se prostituem no Pará a troco de um cachorro-quente. Em várias cidades do Brasil a realidade não é muito diferente - talvez mude só a forma de pagamento.

Outra notícia publicada (aqui) tem tudo a ver com o assunto: dois homens foram absolvidos por terem pago para fazer sexo com adolescentes no Mato Grosso do Sul. Segundo a decisão judicial, culpados são aqueles que iniciam menores na prostituição.

Sempre que se toca no assunto prostituição infantil as causas sociais e econômicas são colocadas como culpadas por terem levado crianças e adolescentes a venderem o corpo. A tecla da conscientização dos pais e responsáveis para evitar que isso aconteça é batida insistentemente por profissionais ouvidos pelas reportagens.

O estranho destas histórias é que ninguém olha para o lado de quem está pagando pelo sexo. Não se fala sobre conscientizar homens e mulheres crescidos para evitar que tais situações aconteçam. Agindo pela vontade sexual, os adultos que se propõem a pagar para fazer sexo com jovens precisavam ser alvos de alguma campanha ou ação mais efetiva para evitar que isso prossiga.

Tudo bem que é aquela velha história do Tostines - é fresquinho porque vende mais ou vende mais porque é fresquinho -, mas nem por isso deveria ser deixado de lado quando o assunto é prostituição infantil.

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