17.2.07

Adeus utopia

Como é bom rever um filme depois de algum tempo. De cara sempre rola umas emoções mais fortes, obviamente impulsionadas por aquilo que acabou de ser visto. Acho que nesses casos, muitas vezes a novidade acaba levando a interpretações equivocadas ou incompletas sobre aquilo que, de fato, o filme transmite.

Hoje tive a oportunidade de assitir novamente Adeus Lênin!, do Wolfgang Becker. A primeira vez, no cinema, foi impactante pelo discurso extremamente político, que continuo achando um dos mais interessantes em filmes sobre o sonho do socialismo. Porém, dessa vez, outro aspecto, não menos importante do que o político, saltou aos olhos.

Utlizando o contexto político como argumento, o diretor consegue deixar outra mensagem ou melhor, um questionamento "existencial": o que é a realidade ou a verdade? Não vou ficar contando os pedaços do filme para explicar os motivos pelos quais cheguei a tais conclusões, recomendo que assistam - com o perdão do clichê em "críticas cinematográficas".

Sem querer ser psicólogo demais ou entrar em discussões filosóficas, explicar uma realidade diferente para alguém que não conhece determinada coisa é muito difícil, mesmo que seja bem contextualizado e tudo mais. Já escrevi sobre isso aqui, mas não custa repetir: nunca digo aquela famosa frase: "Ah imagino como deve ser . . .". (caramba sempre quis colocar dois pontos depois de dois pontos e nunca consegui . . . espero que esteja certo!)

O filme retrata perfeitamente essa questão do que é real. Se você viajar com gosto, lembra até um pouco de Matrix . . . mas como prometi não contar nenhuma cena do filme, paro por aqui.

2 comentários:

Jujuba disse...

É realmente muito difícil explicar o desconhecido para quem não conhece. As palavras faltam, nenhuma descrição é perfeita o suficiente.
As pessoas podem até imaginar como é... ou como deve ser... mas na maioria quase que absoluta das vezes, imaginam errado.
E é por isso que existem tantas mentes fantasiosas, sonhos utópicos e, consequentemente, decepções.

No mais, não entendi a parte dos dois pontos depois de depois pontos. Foi um pouco demais pro meu pequeno mundo. hehe.

Beijo!
Vou linkar o seu blog no meu.

Cesar de Oliveira disse...

A coisa dos dois pontos é estranha, porque sempre os colocamos para explicar alguma coisa ou chegar a alguma conclusão. O repetir isso, ou seja uma conclusão dentro de outra, é uma coisa que sempre via por aí, mas nunca tinha tido a chance de usar. Na verdade não é nada demais, mas achei divertido (se é que está certo) poder utilizar isso.