19.10.06

Concessões ou consentimentos?

Nunca tinha dado muita atenção para questões profissionais profundas. Sempre tive sorte de trabalhar e quando ficava desempregado, logo conseguia algo. Percebo muitas pessoas nessa situação. Alguns com mais sorte, outros menos. Tudo culpa do grande, ótimo, super, hiper, mega adorado MERCADO DE TRABALHO.

Você (tudo bem, sei que o blog só tem dois leitores, mas . . .) é feliz em seu emprego? E o que você acha dessa então: o que é ser feliz no emprego? É trabalhar no que gosta ou trabalhar fora da sua “área” e ter um salário que sempre desejou?

O mais comum atualmente, de acordo com observações minhas, é que muitas pessoas não se encaixam em nenhuma das duas questões. A grande maioria tem dificuldade de exercer a profissão que se preparou durante alguns anos. Outros estão fora da área de atuação, mas não ganham aquilo que gostariam. É simplesmente falta de opção.

As escolhas profissionais estão ligadas diretamente a uma outra questão: concessões! Aliás, não só profissionalmente, as concessões estão sempre nos acompanhando. Aposto que muita gente quando inicia faculdade pensa de uma forma. Muitos se tornam “revolucionários” ou conhecem alguns destes que modificam vidas alheias. Nesta época, não sei se pela juventude, pela novidade ou por outro motivo qualquer, fazer qualquer tipo de concessão é equivalente a morrer.

Depois de algum tempo muita coisa muda e as concessões são cada vez mais comuns. Mudar de área, de ideologia, de partido político, de estilo e de outras coisas é uma espécie de “evolução natural”. Agora, o que isso tem a ver com desemprego ou emprego?

Fiquei pensando se aqueles que fizeram concessões para estar onde estão, se arrependem ou não. Algumas concessões podem ter feito milagres e apresentado um mundo completamente novo para quem resolver despir-se de pré-conceitos e preconceitos. Acredito que outros devem morrer um pouco a cada dia por conta de tamanhas mudanças.

Não dá pra chegar a uma única conclusão sobre isso. Com concessão ou sem, a verdade é que o chamado mercado de trabalho não tem mais espaço para absorver tanta gente (na verdade não só o mercado de trabalho, vide as estradas, shoppings, praias, hospitais públicos e mais uma penca de coisas).

Mesmo que não esteja muito claro, o texto tenta traduzir ou expressar o que penso sobre tudo isso. E como dá pra perceber, as dúvidas estão cada vez mais presentes.

2 comentários:

Anônimo disse...

As concessões são feitas a partir do momento em que se nasce.
A diferença é que ao chegar a um determinado grau de maturidade a pessoa passa a perceber essas concessões e então se arrepende ou se satisfaz com elas.

Em relação ao emprego ou a falta de, talvez a melhor escolha seja acreditar que também e possível estar satisfeito e feliz com a escolha de um caminho profissional não antes planejado.Talvez, em tempos de “não há vagas”,a melhor escolha seja de fato acreditar nisso!...

Cesar de Oliveira disse...

Se pensar bem na atual situação, qualquer que seja o emprego, tem de estar satisfeito mesmo!